quinta-feira, 17 de março de 2011

Hospital Nossa Senhora da Conceição- Três Rios

Queridos amigos,
Segue abaixo para ciência de todos o relato de minha Tia, o fato que ocorreu com a minha vó que operou e recebeu alta hospitalar de forma indevida e com este péssimo atendimento levou minha querida vó ao óbito.

À DIREÇÃO DO HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO.



Minha mãe, Isaura Travassos Barbosa Moraes, 94 anos, moradora em Paraíba do Sul, sofreu uma queda em casa no dia 03 de março e foi logo internada neste Hospital, só no dia 07 de março, ( 2ª feira de carnaval) foi operada pelo Dr. Alex, A operação correu bem, parece. Estava passando bem, nem dor sentia, no local da operação Minha mãe era forte, pressão ótima sempre de 12 a 13 por 7 a 8. Mas desde que foi hospitalizada seu intestino não funcionou, por duas ou três vezes tomou óleo mineral e nada, na 4ª feira, eu já preocupada, pensando que podiam dar alta com ela nesse estado, solicitei que dessem uma lavagem, foram aplicadas duas, e não resolveu. Eu estava revezando com minha irmã, às 19:00 horas trocaríamos. Antes de sair, escrevi às pressas um bilhete para a responsável pelo setor, que me disseram ser Eliana e expus minha preocupação, aliás, demonstrei minha preocupação a muitas pessoas, fora e dentro do hospital, não queria que ela tivesse alta sem resolver este problema, ainda mais na idade dela. Mas não adiantou meu pedido, no dia seguinte dia 10, (quinta feira) deram alta. E o intestino sem funcionar a 08 dias. Se o Hospital ainda não tinha solucionado este problema, em casa, leigos iriam resolver? Ela estava internada pelo SUS será que se estivesse em quarto particular, ou com Plano de Saúde teriam dado alta naquelas condições? Receitaram um remédio que minha irmã comprou e estava dando, só no sábado funcionou um pouco. Mas ela não comia quase nada e a barriga enorme. Começou a vomitar, várias vezes ao dia, um amarelo escuro. Fiquei intrigada, pois ela não comia quase nada. Achei que podia ser alergia a algum dos remédios receitados. Pedi uma cama de hospital a várias entidades que fazem este serviço, mas não consegui. Disseram que só nesta semana. Conseguimos uma auxiliar de enfermagem para nos ajudar, para dar água e algum alimento que ela aceitava, pouco. Colocávamos almofadas para levantar sua cabeça, eu tentava levantar o mais que podia, pois sei que tomar algo deitada pode ser perigoso, mas numa cama comum, é difícil. Ela estava, quando vomitava, com um ronco na garganta. .Fiquei muito preocupada. Ontem a noite,.uma tia veio nos visitar e disse que ela estava vomitando fezes. Fiquei apavorada, liguei para vários médicos, mas domingo, não consegui. Hoje, às 6:00 horas consegui falar com o Dr Mário Miguel, Gastro, ele disse que a oclusão intestinal provocou vômito Fecalóide. Depois de quase três horas conseguimos a ambulância do Corpo de Bombeiros, que a levou para a UPA em Três Rios. Na ambulância, foram feitos os primeiros socorros,.verificado falta de oxigenação no cérebro e pressão a 7/6. . Está entubada, o estado é grave, ela aspirou a secreção do estomago. Corre risco de pneumonia. Ela estaria bem se o Hospital cumprisse sua função integralmente .Foi internada para fazer uma operação no fêmur. È verdade! Mas uma pessoa não é só osso...para dar alta deve haver um médico,um clínico geral, ( com um treinamento constante para especialistas e auxiliares de enfermagem serem capazes de avaliar se o paciente pode ter alta) para fazer uma avaliação geral do estado do paciente, o que não foi feito, nem com meu pedido. Afinal, os Hospitais não estão aí para curar e devolver a saúde às pessoas? E agora? ? E se esta séria omissão no atendimento custar a vida de minha mãe?

(Obs. Hoje, 15/03/11, mais ou menos às 15:00, minha mãe se foi...)



Paraíba do Sul, 14 de março de 2011



Maria Aparecida Travassos de Moraes